Daron Malakian fala sobre guerra na Armênia: “Não é política para mim, é pessoal”

Scars on Broadway

Daron Malakian usou as suas redes sociais para falar pela primeira vez sobre os conflitos étnicos-territoriais que ocorrem desde o fim de setembro na fronteira da Armênia.

No dia 27/09, uma série de ataques coordenados pelas forças armadas do Azerbaijão atingiu áreas civis na região de Nagorno-Karabakh – povoada em sua maioria por armênios. Em pouco menos de um mês, o confronto já vitimou centenas de pessoas.

O guitarrista, que tem ascendência armênia, citou a letra de ‘Angry Guru’ do Scars On Broadway, sua banda paralela, para falar que o conflito de alta intensidade não é político, e sim algo pessoal. Leia as palavras de Malakian:

“Eu escrevi essas letras para a música chamada ‘Angry Guru’, do Scars On Broadway, em 2012 ou talvez antes. Tornou-se um mantra de justiça social recentemente. Não me considero um justiceiro social ou um justiceiro político, mas a situação em Artsakh (Nagorno-Karabakh) não é política para mim, é pessoal.”


Com trechos como: “O silêncio leva à violência, encare o que você fez, lidando com o que você está roubando. A história continua, continua e continua”, a faixa ‘Angry Guru’ foi lançada em julho de 2018 no álbum Dictator, o segundo de estúdio do Scars On Broadway.

Em maio de 2019 a música ganhou um psicodélico videoclipe que pode ser assistido no link abaixo:


Outra letra que retrata a Armênia é ‘Lives’, faixa que abre o disco Dictator. À Rolling Stone, Malakian explica que a música é uma homenagem aos antepassados sobreviventes ao genocídio armênio de 1915, perpetrado por turcos otomanos. Daron disse:

“A música fala sobre como os armênios sobreviveram ao genocídio. Eu sempre ouvi sobre como nós éramos vítimas, e sempre víamos fotos de nossos ancestrais e nossos bisavós com as cabeças cortadas. Eu queria escrever uma música que fosse um impulsionador moral, algo estimulante e que as pessoas soubessem que enquanto muitos morreram, e merecem respeito por isso, há também muitas pessoas que sobreviveram. É uma homenagem a todos e ao patamar onde chegamos.”

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