Shavo Odadjian fala sobre atividades na quarentena, músicas novas e contrabaixo

Shavo Odadjian conversou com a revista virtual Bass Magazine e falou sobre os seus novos projetos, atividades durante a quarentena em decorrência do coronavírus (Covid-19), equipamentos de contrabaixo e dicas para melhorar a saúde física e mental. Leia abaixo a entrevista na íntegra!


Como você tem passado o tempo durante a quarentena?

Shavo: Felizmente, estou trabalhando muito. Estamos lançando a 22Red [marca de maconha e lifestyle] em Las Vegas, então tenho feito muitas idas e vindas com as pessoas por aí fazendo reuniões através do Zoom (aplicativo de vídeo-conferência). Faço tantas reuniões no Zoom agora que tive que abrir uma conta no aplicativo. Antes da pandemia, eu não fazia ideia de que o Zoom existia e agora o utilizo todos os dias, e meus filhos também, participando das aulas. Estou me preparando para lançar meu novo projeto musical, North Kingsley; Eu tenho trabalhado para terminar as músicas e mixá-las, editar os vídeos e montar uma equipe. A gerência do System Of A Down está me dando o suporte, então estamos em família.

O que você está fazendo em termos de sua rotina na prática de tocar baixo?

Shavo: Estou tocando, principalmente. Não estou fazendo nenhum exercício específico, mas tenho um baixo e uma guitarra ao meu lado no escritório. Eu pego os instrumentos e faço uma jam, as ideias surgem assim. Eu encontro uma nota e um dedilhado, e isso leva a outras notas, e de repente eu tenho a ideia para uma faixa. É assim que músicas do System Of A Down como ‘Spiders’ e ‘Mr. Jack’ surgiram.

Quais músicas, álbuns, artistas, baixistas você está ouvindo como uma fonte de conforto e inspiração que você pode recomendar?

Shavo: Eu me afastei da maioria das músicas recentemente para trabalhar no álbum do North Kingsley. Estar em casa e não sair com meu carro também limitou meu tempo de audição. Eu malhei na minha academia e ouvi Skelletonwitch. Eu os escutei muito em 2017 e recentemente voltei a fazer isso. Em casa, gosto de ouvir Frank Sinatra para amenizar o clima. Mas estou realmente ansioso para poder dirigir novamente!

Em quais equipamentos de contrabaixo você está tocando e experimentando?

Shavo: Warwick me fez alguns baixos personalizados, eu tenho tocado muito com eles. Um dos modelos do ’22Red Idolmakers’ que eles me fizeram tem um som fervoroso que adoro tocá-lo com os dedos. Um amigo me enviou um pedal que um conhecido dele fez, é uma loucura, e eu tenho mexido com isso. Estou no meu estúdio em casa, então não tenho tudo o que costumo fazer.

Que atividades não musicais como livros, shows, filmes ou recomendações de exercícios você nos indica?

Shavo: Eu treino todos os dias, sempre que possível. Mesmo entre as reuniões, faço várias flexões. Eu tenho feito caminhadas nas redondezas e caminhadas pela minha casa. Eu moro em uma área íngreme e montanhosa, o que resulta em muita subida e descida. Já assisti séries como ‘Kingdom’, ‘Ozark’ e ‘Succession’. Depois que termino o dia de expediente, é isso que faço, fumo um baseado e assisto a alguns programas para me desconectar de tudo. Tirando isso, trabalho direto das 7 da manhã à meia-noite todos os dias.

Quais projetos vocês têm quando o mundo voltar ao normal?

Shavo: Ter a 22Red em Las Vegas é um grande empreendimento. Lançamos no Arizona em fevereiro, quando tudo isso começou. Estarei no Arizona quando puder viajar novamente para trabalhar com produtores. Também estarei em Las Vegas para verificar a qualidade das ervas e produtos por lá. Vou lançar músicas do North Kingsley, que virão em quatro partes de três faixas pelos próximos doze meses.

Que conselho você pode dar aos colegas baixistas para que eles permaneçam confiantes e com a moral alta?

Shavo: Estamos juntos e não acho que isso seja o fim do mundo. Tudo ficará bem depois disso tudo, então o que você pode fazer nesses tempos é se tornar uma pessoa melhor. Reserve um tempo para compor músicas que deseja escrever no momento, realize projetos que deseja e trabalhe no aprimoramento pessoal, quando necessário. Fique disponível e tenha aulas, eu faria isso se tivesse tempo. Até a Harvard está oferecendo aulas gratuitas. Leia um livro. Um livro pode fazer uma enorme diferença para o seu cérebro. E exercício. Exercite-se e melhore sua saúde física e mental. Não fique sentado o dia inteiro.

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